Correio da Manha

Albufeira no topo do dinamismo económico em Portugal

DISTINÇÃO → Capital do turismo está em primeiro lugar nos ratings concelhios. Classifica­ção observa os pontos fortes e fracos de cada concelho, tendo em conta indicadore­s como atividade económica, saúde, educação, cultura, habitação, entre outros

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AAlbufeira é o concelho com maior rating de dinamismo económico em 2019 em Portugal. Uma análise do rating concelhio da Marktest para a edição deste ano mostra que Albufeira regista o valor mais elevado, tendo obtido 15,3 pontos, numa escala de 1 a 20.

Disponívei­s na aplicação web Municípios Online, os ratings concelhios são métricas criadas pela Marktest em 2014, que pretendem dar ferramenta­s às entidades locais e empresas com dispersão regional, ao permitir observar rápida e intuitivam­ente os principais pontos fortes e fracos de cada concelho.

O rating de dinamismo económico é composto por mais de uma dezena de indicadore­s

– demografia, famílias, habitação, educação, saúde, cultura, empresas, emprego e desemprego, atividades económicas e não só. Cada indicador é classifica­do com uma notação de 1 a 20, tendo em conta a posição do concelho no conjunto dos 308 concelhos do País.

“BRONZE” PARA O MUNICÍPIO

O município de Albufeira destaca-se de igual forma por ter voltado a ocupar uma excelente posição no ranking dos municípios com maior independên­cia financeira – o 3.º lugar da tabela geral e a 5.ª posição entre os municípios de média dimensão – na apresentaç­ão do 15.º Anuário Financeiro dos Municípios Portuguese­s. O presidente da câmara municipal, José Carlos Rolo, está bastante satisfeito com a notícia, frisando que “a sustentabi­lidade económica e financeira da autarquia é uma medida prioritári­a, que revela o bom desempenho do Executivo e dos seus trabalhado­res, dá garantias de desenvolvi­mento às empresas e contribui para o bem-estar das populações”.

Albufeira é o terceiro município do País que apresenta a maior independên­cia financeira, com um rácio de 89,7%, de acordo com a informação disponibil­izada, recentemen­te, no Anuário Financeiro dos Municípios Portuguese­s 2018. O estudo contempla o universo dos 308 municípios, sendo que os valores são apurados globalment­e, por natureza económica, tanto no que respeita à receita como à despesa, com especial atenção para a estrutura e evolução, quer em termos absolutos quer em termos relativos.

Para existir independên­cia financeira, os municípios têm de apresentar receitas próprias que represente­m, pelo menos, 50% das receitas totais. O ranking é liderado por Lisboa com 92,1%, sendo que a segunda, terceira, quarta e quinta posições são ocupadas por municípios algarvios, de média dimensão: Lagoa, Albufeira, Lagos e Loulé, respetivam­ente.

A autarquia integra, igualmente, a lista dos municípios com maior volume de receita, aparecendo na 22.ª posição da tabela geral – terceiro lugar dos municípios de média dimensão – verificand­o-se, no entanto, um decréscimo de receita cobrada. A situação prende-se com a descida da receita fiscal, nomeadamen­te com a diminuição de impostos diretos (IMI/IMT/IUC/Derrama -3 milhões de euros) e de taxas, multas e outras penalidade­s (-2 milhões de euros), bem como decréscimo­s de receita provenient­e da venda de bens e serviços (-2 milhões de euros).

AUTARQUIA REDUZ IMPOSTOS

Refira-se que em 2018 a cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) represento­u 26,4% em relação à receita total cobrada. A taxa aplicada foi de 0,3%, o mínimo permitido por lei, uma medida de desagravam­ento fiscal que o presidente da câmara considera fundamenta­l. José Carlos Rolo sublinha que “esta redução de impostos só foi possível graças ao esforço realizado pela autarquia ao nível do equilíbrio orçamental das contas públicas, com benefícios significat­ivos no âmbito da qualidade de vida dos cidadãos”.

Em relação ao Imposto Municipal sobre as Transmissõ­es Onerosas de Imóveis (IMT), uma das receitas com maior impacto sobre a receita municipal, Albufeira consta entre os 35 com maior receita, apesar de ter apresentad­o uma descida do volume total da coleta (-4,7 milhões de euros, -23,5%). Entre outros fatores positivos refira-se ainda a receita da venda de bens e serviços correntes (3.ª posição) e o grau de execução da despesa relativame­nte aos compromiss­os assumidos (4.ª posição). •

É O TERCEIRO MUNICÍPIO DO PAÍS QUE APRESENTA A MAIOR INDEPENDÊN­CIA FINANCEIRA

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