FOTOS DE GÉNIO
UM DOS FOTÓGRAFOS MAIS ADMIRADOS DE SEMPRE ESTÁ COM UMA MOSTRA NA ALFÂNDEGA DO PORTO. `TÊTE-À-TÊTE' MOSTRA ALGUNS DOS MELHORES RETRATOS DO FRANCÊS HENRI CARTIER-BRESSON
Aexposição chama-se ‘Tête-à-Tête – Retratos’, e reúne, na Alfândega do Porto, algumas das fotos mais marcantes de Henri Cartier-Bresson. De Marilyn Monroe a Edith Piaf, até abril de 2020 será possível admirar a mestria de um génio do olhar. Henri Cartier-Bresson nasceu no seio de uma família de industriais e começou por estudar pintura. Com 20 e poucos anos, numa viagem a Marselha, viu a fotografia ‘Três Rapazes no Lago Tanganica’, do húngaro Martin Munkácsi (que mostrava três rapazes negros a correrem em direção ao lago) e a sua vida mudou. Decidiu ser fotógrafo. Pouco depois eclodia a Segunda Guerra Mundial e Bresson viu-se alistado no exército francês. Durante a invasão alemã foi capturado e passou algum tempo num campo de prisioneiros, de onde acabou por se evadir, apenas para se juntar à Resistência Francesa. Após a guerra, fundou a agência fotográfica Magnum com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour. Foi por essa altura, também, que o seu trabalho começou a sofisticar-se e revistas como a ‘Life’, a ‘Vogue’ e a ‘Harper's Bazaar’ começaram a contratá-lo para viajar pelo mundo e registar, com o seu olhar especial, imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson assinou trabalhos que rapidamente o tornaram numa lenda e lhe abriram todas as portas. Foi o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a fotografar a vida na União Soviética, registou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural. Morreu em 2004, com 95 anos.
TALENTO DE CARTIER-BRESSON ABRIU-LHE MUITAS PORTAS: FOI O PRIMEIRO A REGISTAR A VIDA NA UNIÃO SOVIÉTICA