Mulher encomenda morte do marido
Mulher prometeu “contrapartidas vitalícias” SEGURO Pretendia receber dinheiro do empréstimo à habitação
Cesaltina e Ernesto Correia casaram em 2005, mas pouco depois a mulher iniciou uma relação extraconjugal. Em 2012, pediu o divórcio, mas Ernesto não aceitou e continuaram a viver juntos, na Amadora. Dois anos e muitas recusas para aceitar a separação depois, Cesaltina pagou a um velho conhecido para matar o marido. O plano parecia perfeito: Ernesto seria morto num contexto que apontava para um assalto e Cesaltina recebia o dinheiro do seguro relativo ao empréstimo à habitação, o que lhe iria permitir, segundo o Ministério Público, “viver em pleno o relacionamento extra
MANDANTE DO CRIME QUERIA ASSUMIR RELAÇÃO COM O AMANTE
conjugal e ao mesmo tempo assegurar uma melhor condição económica”. Em troca, o homicida ficava com “o direito vitalício de lhe pedir qualquer contrapartida económica”.
O plano foi posto em prática a 2 de setembro de 2014. Cesaltina ‘arranjou’ uma pistola de calibre 6.35 mm, que entregou ao a Anuar Bengo, o homicida contratado, durante um encontro na casa que o casal partilhava na rua Che Guevara. A mulher saiu e Anuar Bengo esperou que o alvo chegasse. Assim que Ernesto entrou em casa, o homicida apontou-lhe a arma à cabeça, obrigou-o a ir para um dos quarto e depois disparou. A seguir, levou o corpo até à casa de banho, encheu a banheira de água e submergiu o corpo de forma a garantir que a vítima estava efetivamente morta. Horas mais tarde, Cesaltina chegou a casa e revirou a habitação, dando a ideia que se tinha tratado de um roubo. Ambos acabaram presos meses depois pela PJ e vão ser julgados pelo crime em janeiro.