NUNO ARTUR SILVA
NEGÓCIO Alienação da quota do secretário de Estado na Produções Fictícias não chegou ao Ministério da Justiça e à ERC CESSÃO Ministério da Cultura assegura que venda foi efetuada
Permanece o mistério sobre a alienação da sua participação nas Produções Fictícias. Tudo seria esclarecido se o Ministério da Cultura mostrasse o papel que prova a venda. É tão simples.
Dois meses depois de Nuno Artur Silva ter anunciado a venda da sua participação na Produções Fictícias (PF), ainda não existe registo do negócio nos websites do Ministério da Justiça ou da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
No final de outubro, o produtor confirmou a alienação da sua participação na PF, compromisso que assumiu para tomar posse como novo secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media. O negócio
ARTUR SILVA TERÁ VENDIDO PARTICIPAÇÃO A SOBRINHO E AMIGA
terá sido feito com o sobrinho, André Caldeira, e com a amiga Michelle Costa Adrião. Os dois asseguram a gestão da produtora desde 2015, ano em que Artur Silva entrou na administração da RTP, o primeiro como diretor-geral e a segunda como diretora financeira.
Contudo, a venda da empresa, que também detém o Canal Q, ainda não foi publicada no Portal da Justiça ou no Portal da Transparência da ERC. Para ambas as entidades, Nuno Artur Silva ainda detém a totalidade do capital da PF: 150 mil euros em nome individual e 30 mil euros através da Seems, empresa gerida pela mulher, Ulla Madsen.
Contactado, o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media não quis prestar declarações. Já fonte oficial do Ministério da Cultura assegurou ao CM que o produtor “antes de assumir o cargo vendeu a empresa” em questão.
Fica assim por esclarecer porque razão o negócio ainda não foi registado pelas duas entidades competentes.