Correio da Manha

Macron vai renunciar à pensão vitalícia

REFORMA Presidente francês teria direito a 6220 euros mensais brutos GREVE Chefe de Estado apela à responsabi­lidade dos trabalhado­res

- MARCO FONSECA PEREIRA* *COM AGÊNCIAS

Ochefe de Estado francês, Emmanuel Macron, decidiu renunciar à pensão vitalícia de 6220 euros mensais ilíquidos a que teria direito depois de abandonar a presidênci­a da República. A decisão, inicialmen­te revelada pelo jornal ‘Le Parisien’, foi confirmada ontem pelo Palácio do Eliseu, numa altura de contestaçã­o social contra o plano de reformas anunciado pelo governo.

GREVE DOS TRANSPORTE­S AMEAÇA VISITAS ÀS FAMÍLIAS NO NATAL

“O presidente da República vai convergir com o sistema de pontos universal planeado para todo o povo francês”, afirmou o escritório de Macron.

O Eliseu afirmou ainda que o presidente não será membro do Conselho Constituci­onal, o mais alto órgão constituci­onal francês, cujos membros incluem ex-presidente­s, na qual receberia 13 500 euros por mês.

Devido ao caos instalado no país, com a greve dos trabalhado­res dos transporte­s a ameaçar as visitas dos cidadãos às famílias durante o Natal, Macron apelou ontem à responsabi­lidade. “A ação de greve é justificáv­el e protegida pela Constituiç­ão, mas eu acredito que há momentos na vida de uma nação em que também é bom apelar a uma trégua por respeito às famílias e às vidas das famílias”, disse o presidente, durante uma visita à Costa do Marfim.

O projeto de reforma das pensões do governo quer substituir os 42 regimes especiais que existem atualmente por um sistema universal.

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Emmanuel Macron também não vai ser membro do Conselho Constituci­onal

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