Chineses sem controlo à entrada de Portugal
Estudantes que regressaram da China sem controlo à chegada a Portugal
Fernanda Brito acolhe estudantes chinesas ao abrigo de um protocolo com entidades daquele país. Atualmente, recebe duas universitárias no seu apartamento em Lisboa. Uma delas, que prefere ficar anónima, esteve em Hong Kong e em Macau para celebrar o Ano Novo chinês e entrou em Portugal sem qualquer controlo.
“São às centenas os estudantes que vivem no nosso país e que também viajaram para a China e regressaram. Liguei para a Saúde 24 e não me deram qualquer apoio. Não me sinto tranquila”, diz Fernanda. Por sua iniciativa, a jovem está a usar máscara, mas Fernanda queria que Portugal adotasse outra política na receção de estrangeiros. No domingo, dia em que chegaram a Lisboa 18 portugueses (e duas brasileiras) de Wuhan, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, reiterou que “enquanto as normas europeias não determinarem que se mudem os procedimentos, não há indicação para se fazer rastreio à entrada de Portugal”.
Uma das portuguesas que chegou é Maria Beatriz, de 23 anos, estudante na China. “Os últimos dias foram complicados, porque esteve muito tempo fechada num apartamento minúsculo”, relata ao CM Paula Zuzarte, mãe. A família esperava que Maria fosse para o Hospital Militar, no Porto, mas ficou de quarentena em Lisboa. “Apesar de não receber visitas, era mais fácil se estivesse mais perto da família”.