ESTUDANTE MORTO APÓS 15 ROUBOS
INVESTIGAÇÃO Judiciária tem provas de que trio que matou Pedro Fonseca fez outros assaltos JULGAMENTO Investigação está na reta final, processo segue agora para o Ministério Público
Pedro Fonseca tinha 24 anos. Estudante exemplar, pouco dado a festas e a noites de copos, o jovem engenheiro seguia para um café, pelas 23h00, do dia 28 de dezembro, junto à Faculdade de Ciênc i a s d e L i s b o a , n o C a mp o Grande. Foi abordado por um trio de assaltantes e atacado com duas facadas. Morreu no local, os suspeitos nada levaram.
Seis meses depois, a investigação da Polícia Judiciária chega ao fim e o Ministério Público avança nos próximos dias para a acusação pública. Os três respondem por coautoria do homicídio, para além de quinze roubos. Os suspeitos têm 17, 18 e 20 anos, mas nenhum reconhece o homicídio. Culpam-se uns os outros: assumem o assalto, mas dizem que foi Pedro quem reagiu. E que se “atirou” contra a faca que não era de ninguém.
Serifo Balde, de 17 anos, foi inicialmente apontado como sendo o jovem que empunhava a faca. Para o Ministério Público é indiferente. Bacari Djau, de 18 anos; e Tcherno Amadu, de 20, respondem pelo mesmo crime e arriscam 25 anos de cadeia.
O móbil do crime, esse, foi o roubo. Antes de assaltarem Pedro Fonseca, o trio já tinha roubado outro rapaz. Levaram-lhe o telemóvel, queriam mais. Encontraram acidentalmente o jovem engenheiro e ameaçaram-no para que entregasse os valores. Filho de um inspetor da PJ, Armelin Fonseca, e praticante de artes marciais, o jovem poderá ter reagido. Resistindo a entregar o que lhe pertencia, não aceitou com tanta facilidade que aquele grupo de rapazes que usava roupa e sapatilhas de marca levasse o que era seu. Morreu logo no local.
SUSPEITOS DIZEM QUE FOI A VÍTIMA QUE SE ATIROU CONTRA A ARMA DO CRIME