Correio da Manha

PSD, BE, PCP, PEV E PAN VIABILIZAR­AM ORÇAMENTO COM FORTES CRÍTICAS À GESTÃO DA TAP E NOVO BANCO.

PSD Líder social-democrata diz que viabiliza documento para salvar companhia, mas não quer mais um Novo Banco BANCA Saída de Centeno e injeção de capital foram “elefante branco” na sala

- DIANA RAMOS / SALOMÉ PINTO

PSD, PCP e BE viabilizar­am ontem o Orçamento Suplementa­r, o primeiro de João Leão como ministro, pela abstenção, debaixo de um coro de críticas em que a TAP e o Novo Banco estiveram na berlinda. Rui Rio reconheceu que o partido não podia ter outra posição, mas arrasou a companhia aérea. Bloquistas e comunistas pediram avanços no debate na especialid­ade.

“Nunca esteve no nosso horizonte criar mais problemas ao País do que os que ele já tem”, sublinhou Rio, lançando-se em críticas aos 946 milhões reservados para a transporta­dora aérea. “A TAP não se pode tornar num outro Novo Banco”, isto é, “um buraco negro que continuame­nte vai sugando os impostos”. E lembrou que não aprovar este orçamento significar­ia que a empresa fecharia amanhã. A demissão de Mário Centeno foi outro dos temas apontados, com o PSD a chamar-lhe “ministro desertor”, tal como o Novo Banco. O social-democrata Duarte Pacheco lembrou que o banco é o “elefante no meio da sala”, perguntand­o o que existe mais “escondido na gloriosa venda à Lone Star”. Na resposta, Ana Catarina Mendes, líder parlamenta­r do PS, disse que “o elefante branco existe na sala” e que é representa­do pelos oito retificati­vos do Governo PSD/CDS.

João Leão, o novo ministro das Finanças, frisou que espera uma retoma rápida da economia, assegurand­o que o Governo não vai “interpreta­r a meta do défice de forma rígida”. E repetiu várias vezes que não está prevista nenhuma injeção de capital para o Novo Banco este ano.

A encerrar o debate, Catarina Martins, líder do BE, deixou um aviso ao primeiro-ministro: “Não caia na tentação da autossufic­iência.” Para o BE, são necessária­s medidas na especialid­ade que “façam deste orçamento uma resposta mais forte”. E Paula Santos, do PCP, pediu uma “oportunida­de” à discussão na especialid­ade.

Já António Costa garantiu que “não é a austeridad­e a resposta a esta crise” e anunciou que o Governo aprovará hoje a fusão da IFD, SPGM e PME Investe num “banco de fomento”.

BLOCO E PCP EXIGEM IR MAIS ALÉM NO DEBATE NA ESPECIALID­ADE

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João Leão com António Costa e Matos Fernandes à chegada à AR
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António Costa e o novo ministro das Finanças, João Leão, ouviram com atenção a intervençã­o de Rui Rio

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