Falta de consultas e calor fazem subir mortalidade
DADOS Mais 26 por cento de óbitos em julho CENTROS DE SAÚDE há plano de retoma
Omês de j ul ho r e gi s t ou mais 2137 óbitos do que o período homólogo do ano passado, o que representa uma subida na taxa de mortalidade de 26 por cento. O número pode agravar-se se os centros de saúde continuarem parados.
Graça Freitas, diretora-geral da saúde aponta a onda de calor de julho como causa para o pico de mortalidade. Mas os médicos lembram que a falta de exames, cirurgias e consultas hospitalares por causa da concentração de esforços no combate à pandemia não só pode ter peso nos números como se mantém. Segundo a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) as consultas presenciais na maioria dos centros de saúde ainda não foram retomadas dentro da normalidade.
“Estivemos totalmente parados durante três meses, período durante o qual nos passam cinco mil casos de cancro p e l a s mã o s . Voltar a parar seria desastroso”, disse Rui Nogueira, da APMGF. Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, lembra contudo que é preciso “munir os médicos e o SNS de condições para a retoma.
MÉDICOS CONSIDERAM QUE NOVA PARAGEM SERIA “DESASTROSA”