Correio da Manha

Buscas a casa de secretário de Estado forçaram demissão

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Artur Neves demitiu-se em setembro do ano passado, após o Departamen­to Central de Investigaç­ão e Ação Penal (DCIAP) ter realizado meia centena de buscas enquadrada­s na investigaç­ão a um conjunto de contratos celebrados pelo Estado com várias empresas e que envolviam fundos comunitári­os. As diligência­s realizaram-se no Ministério da Administra­ção Interna, na secretaria de Estado da Proteção Civil, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e na própria casa de Artur Neves.

O governante chega a secretário de Estado da Proteção Civil após a tragédia dos incêndios de 2017, que fizeram mais de uma centena de vítimas mortais e levaram ao afastament­o da ministra Constança Urbano de Sousa e do secretário de Estado da Administra­ção Interna Jorge Gomes.

Convidado por Eduardo Cabrita com o objetivo de gerir os meios de combate a incêndios, e delinear uma estratégia de prevenção das populações, Artur Neves lança a campanha Aldeia Segura/Pessoas Seguras.

Outro dos arguidos neste processo é Mourato Nunes. O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). O tenente-general sempre negou ter praticado qualquer tipo de irregulari­dade e disse estar pronto para colaborar com a Justiça. Contrariam­ente a Artur Neves, recusou demitir-se e permanece até hoje no cargo.

PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL RECUSOU DEMITIR-SE E NEGA ILEGALIDAD­ES

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Francisco Ferreira (adjunto), Artur Neves, ex-secretário de Estado da Proteção Civil, e Mourato Nunes são arguidos

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