Correio da Manha

Mais de metade dos bares ameaçam fechar

CRISE Cerca de 62% das empresas de animação noturna ponderam requerer insolvênci­a AGRURA Alojamento turístico com quebra de 90%

- ANA MARIA RIBEIRO

Julho foi um mês desastroso para as empresas de animação noturna e de alojamento turístico. Por causa da pandemia de Covid-19, 62% dos bares e discotecas ponderam mesmo fechar portas e pedir insolvênci­a, perante uma perda de faturação acima dos 40%.

No caso dos negócios de alojamento, o cenário é igualmente desolador: 27% das empresas tiveram uma taxa de ocupação zero; enquanto 20% indicou uma ocupação máxima de 10%. Estes números traduzem-se, para

MUITAS EMPRESAS ADMITEM DESPEDIR ATÉ AO FINAL DO ANO

muitos, numa quebra superior a 90% na taxa de ocupação face a igual período do ano passado.

Os dados são de um inquérito realizado pela AHRESP – Associação de Hotelaria, Restauraçã­o e Similares de Portugal entre 31 de julho e 3 de agosto, e antecipa a destruição de muitos postos de trabalho até ao final deste ano. Em julho, mais de 16% das empresas de animação noturna não conseguira­m pagar salários e 14% só pagaram parcialmen­te o ordenado aos seus funcionári­os. Perante a situação, 16% admitem já ter efetuado despedimen­tos desde o início da pandemia e mais de 30% assumem que não vão manter todos os postos de trabalho até dezembro. No setor do alojamento, e dado que muitos empresário­s antecipam um mês de agosto fraco, com taxas de ocupação na ordem dos 10%, cerca de 17% ponderam liquidar contas e fechar portas.

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Pandemia deixou as ruas sem turistas e as empresas sem dinheiro

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