Correio da Manha

PS MAIS LONGE DA MAIORIA ABSOLUTA

ESTUDO Dados mostram tendência de quebra à esquerda e à direita, com PSD estagnado nos 24% POLÉMICA Realização do Avante terá prejudicad­o os resultados da CDU e a avaliação de Jerónimo

- WILSON LEDO

No mês que marca a rentrée política, o PS volta a cair nas intenções de voto dos portuguese­s. Abaixo dos 39,6% do mês anterior, o partido de António Costa ganharia ainda assim as eleições legislativ­as, ao reunir 37,4% das intenções de voto. BE e PAN recuperam e a realização da Festa do Avante parece ter penalizado os comunistas.

A conclusão é do último barómetro da Intercampu­s para CM, CMTV e ‘Negócios’, que mostra o Bloco de Esquerda como um dos partidos que estão a ganhar com a queda dos socialista­s. Após um ‘trambolhão’ no mês anterior, o partido de Catarina Martins alcança agora os 9,9 por cento.

As subidas no Bloco, PAN e Livre contrariam um cenário geral de queda, à esquerda e à direita. O PSD, após um ligeiro reforço em agosto, permanece estagnado nos 24,3%, com uma descida ligeira em setembro. Já a polémica em torno da realização da Festa do Avante num contexto de pandemia atirou a CDU para os 5,1%. Quanto ao CDS, não vai além dos 4,3%, ligeiramen­te abaixo do mês anterior.

O barómetro revela ainda que uma aliança dos quatro partidos à direita ultrapassa­ria o resultado do PS, com 38,1%, valor que não chega para contrariar os votos dos antigos parceiros de ger i ngonça, no seu conjunto.

Quanto à avaliação aos líderes, a queda da CDU é igualmente expressiva na nota atribuída ao secretário-geral do PCP: teve a maior descida, para os 2,3 valores, só tendo melhor nota do que André Ventura e Joacine Katar Moreira. Em sentido contrário, os ganhos do Bloco são também visíveis na avaliação feita ao desempenho de Catarina Martins, cuja nota sobe para 3,1 valores - um resultado que atira Rui Rio para a terceira posição. O mais bem classifica­do continua a ser António Costa, que mantém os 3,4 valores do mês anterior.

No que toca às instituiçõ­es, a Presidênci­a da República mantém-se como a mais bem avaliada, com 3,8 valores, mas abaixo dos 3,9 de agosto.

CATARINA MARTINS É QUASE A ÚNICA LÍDER A SUBIR NA AVALIAÇÃO

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