Correio da Manha

JERÓNIMO DE SOUSA DISSE NO PARLAMENTO QUE “SINAIS” DO GOVERNO NÃO DEIXAM OS COMUNISTAS “DESCANSADO­S”.

INTERVENÇíO Jerónimo diz que “sinais” do Governo não deixam comunistas “descansado­s”. Costa acena com salários e contrataçã­o coletiva PSD Rio ataca com falhas na “Saúde não Covid”

- DIANA RAMOS / SALOMÉ PINTO

Na véspera da aprovação em conselho de ministros da proposta de Orçamento do Estado para 2021, o primeiro-ministro usou o debate na Assembleia da República para sossegar o PCP, de quem espera ajuda para a viabilizaç­ão do documento. Naquele que foi o primeiro debate no novo modelo de idas bimensais de António Costa ao Parlamento, os temas foram de atualidade, mas o estilo manteve-se morno.

O secretário-geral comunista aproveitou a intervençã­o para desabafar que os “sinais” dados pelo Governo na negociação orçamental não deixam o PCP “descansado”. Jerónimo de

Sousa insistiu na questão da subida do salário mínimo, na suspensão dos despedimen­tos e na criação do subsídio de risco e insalubrid­ade para os trabalhado­res dos serviços essenciais.

“Esteja tranquilo, entusiasmo não me falta”, afirmou António Costa na resposta, lembrando contudo que as medidas serão acertadas “sem ficar a marcar passo, mas sem dar um passo maior do que a perna”. O primeiro-ministro reconheceu, contudo, que o salário mínimo não será atualizado na linha do que o Governo pretendia. A proposta atual do Executivo está nos 24 euros mensais. Mas Costa acenou com outras possibilid­ades, como a criação de uma moratória relativa à caducidade da contrataçã­o coletiva.

Com Catarina Martins, do BE, o tom foi mais duro. A líder bloquista insistiu no reforço da Saúde, lembrando que “o Governo tem de executar o que foi orçamentad­o”. Mas foi na resposta ao líder parlamenta­r bloquista, Pedro Filipe Soares, que Costa desabafou ter “muita esperança que o Orçamento do Estado seja aprovado”.

A Saúde foi também o tema escolhido pelo líder do PSD para confrontar o primeiro-ministro. Rui Rio lembrou que o tratamento não Covid-19 tem falhado, pois há menos exames, menos rastreios para o cancro e maiores listas de espera para tratamento: uma “autêntica condenação à morte”, sublinhou o social-democrata.

RUI RIO DIZ QUE FALHAS NA SAÚDE SÃO “AUTÊNTICA CONDENAÇÃO À MORTE”

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ni st r o, António Costa, esteve no Parlamento para um debate sobre política geral, o primeiro desde as mexidas introduzid­as por PSD e PS
Primeiro-mi ni st r o, António Costa, esteve no Parlamento para um debate sobre política geral, o primeiro desde as mexidas introduzid­as por PSD e PS

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