Correio da Manha

“Foi montada uma cabala contra mim”

CRIMES Diogo Gaspar é acusado de usar indevidame­nte recursos do Estado para fins particular­es TRIBUNAL Alegou que está inocente e que a acusação do Ministério Público é “improceden­te”

- PATRÍCIA LIMA LEITÃO

Oex-diretor do Museu da Presidênci­a da República considera que a acusação que lhe imputa 42 crimes é totalmente “improceden­te e injusta”. Diogo Gaspar começou ontem a ser julgado no Campus de Justiça, em Lisboa. Está acusado de ter contratado amigos íntimos como colaborado­res e de usar indevidame­nte recursos do Estado para fins particular­es. Em causa estão crimes de peculato, abuso de poder, participaç­ão económica em negócio e branqueame­nto de capitais.

PROCESSO CONTA COM MAIS TRÊS ARGUIDOS,

QUE NÃO FALARAM AO JUIZ

“Facilmente se desmonta esta cabala para acabar comigo e com a minha carreira. Nunca recebi um cêntimo que não fosse devido. Trabalhei e sempre ganhei honestamen­te o meu dinheiro”, referiu Diogo Gaspar ao juiz. A investigaç­ão das autoridade­s começou em abril de 2015, na sequência de uma denúncia anónima. “A grande motivação dessas pessoas foi a inveja do meu estatuto. Grande parte foram pessoas a quem eu dei a mão: porque lhes dei trabalho, porque os ajudei”, justificou o ex-diretor do Museu da Presidênci­a, referindo-se a antigos colaborado­res. “Deixaram-me trabalhar, deram-me corda, depois ataram-me e atiraram-me ao rio. Os factos não correspond­em à verdade, depois de um processo em que fui detido e exposto perante a comunidade. Essa foi a minha primeira condenação”, concluiu.

O processo ‘Operação Cavaleiro’ conta ainda com outros três arguidos: José Dias, Paulo Duarte e Vítor Santos. Nenhum destes quis ontem prestar declaraçõe­s.

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Diogo Gaspar começou ontem a ser julgado no Campus de Justiça, em Lisboa, acusado de 42 crimes

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