PORTUGAL REGISTOU ONTEM 1278 INFETADOS. GOVERNO ESTÁ A PREPARAR REFORÇO DE MEDIDAS.
CASOS Registo de 1278 novas infeções em 24 horas suscita preocupação DECISÃO Governo vai reavaliar na próxima semana a necessidade de novas medidas, mas recusa confinamento total
OGoverno prepara um reforço das medidas para fazer face à pandemia de Covid-19 após o registo de 1278 novas infeções, em 24 horas. É o segundo pior dia, depois de a 10 de abril terem sido apurados 1516 novos casos. Contudo, nesse dia ocorreu uma inclusão de casos de dias anteriores.
O Governo manifestou ontem disponibilidade total para rever as medidas necessárias, remetendo para a próxima semana a decisão sobre as regras a aplicar na quinzena seguinte. A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que “os números que estamos a conhecer neste momento são os números previstos”. “A disponibilidade de revisão das medidas é total”, garantiu. “Tomaremos sempre as medidas necessárias para cada momento. E teremos, como já o fizemos no passado, a capacidade de recuar”, disse. A ministra reiterou, contudo, que se procurará evitar “um cenário de confinamento total e generalizado”, uma vez que o País dificilmente pode viver de novo com essa situação.
Para o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, mais de mil casos “não é um valor desejável, porque dificulta a resposta da saúde pública. Está em causa a capacidade de quebrar cadeias de transmissão”, sendo cada vez mais difícil aos médicos, “já muito assoberbados”, garantir que são feitos os contactos nas vigilâncias ativas.
Ricardo Mexia descarta a necessidade de um novo confinamento, porque não se registou um agravamento da mortalidade e os serviços de saúde continuam a ter capacidade de resposta. “Até podemos ter 10 mil casos, se forem todos benignos isso não é um problema”, disse.
Entretanto, foi anunciado que os serviços e estabelecimentos integrados no Serviço Nacional
DISPONIBILIDADE TOTAL DE REVISÃO DAS MEDIDAS POR PARTE DO GOVERNO
MIL CASOS DIFICULTAM A CAPACIDADE DE QUEBRAR CADEIAS DE TRANSMISSÃO
de Saúde podem preencher 48 vagas, na área de Medicina Intensiva, até ao final do ano.
Ontem também foi anunciado que a ASAE apreendeu mais de um milhão de máscaras desde o início da pandemia.