Correio da Manha

Bispos não querem cemitérios fechados

RESTRIÇÕES DGS prepara limite de 5 pessoas por 100 metros quadrados FINADOS Prelados reclamam direito dos fiéis rezarem pelos defuntos

- SECUNDINO CUNHA

As romagens aos cemitérios por altura dos dias de Todos os Santos e Fiéis Defuntos, 1 e 2 de novembro, estão a preocupar as autoridade­s sanitárias, assim como os municípios e as freguesias. Algumas autarquias manifestar­am já a intenção de encerrar os cemitérios, para evitar aglomerado­s, e a DGS prepara uma diretiva sobre o assunto.

Ao que o CM apurou, a Direção-Geral da Saúde trabalha em dois cenários, podendo propor

AUTORIDADE­S DE SAÚDE PODEM MESMO DECIDIR ENCERRAR OS CEMITÉRIOS

o fecho dos cemitérios ou, em alternativ­a, a limitação de cinco pessoas por cada cem metros quadrados.

Ontem mesmo, no final do Conselho Permanente da Conferênci­a Episcopal, os bispos apelaram à abertura dos cemitérios aos fiéis, nesse período “tão importante para os cristãos”. “Não seria apropriado o encerramen­to completo dos cemitérios. Tenha-se em conta que a emergência sanitária já dura desde março e que muitas famílias enlutadas nem sequer puderam acompanhar os seus entes queridos em exéquias muitas vezes celebradas, como diz o Papa Francisco, de um modo que fere a alma.”

Os prelados lembram que “é sensato que se imponham medidas suplementa­res de proteção, como a obrigatori­edade do uso de máscaras e o controlo do número de visitantes e um limite máximo”, mas consideram que o fecho total seria “demasiado violento para os fiéis”.

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Romagens a cemitérios podem não ocorrer no próximo dia de Todos os Santos

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