FICHEIROS SECRETOS DE IRMÃ LÚCIA REVELADOS
ARQUIVO Escritos da Vidente de Fátima vão ser conservados e organizados por especialistas ACERVO Aos diários e às cinco mil missivas que escreveu, juntam-se dezenas de milhares de cartas que recebeu
PROCESSO DE CANONIZAÇÃO DE VIDENTE DE FÁTIMA DECORRE NO VATICANO
OCarmelo de Santa Teresa, em Coimbra, anuncia hoje a constituição de um grupo de trabalho que, nos próximos anos, vai proceder à conservação e organização arquivística de todos os escritos da Irmã Lúcia, alguns deles totalmente desconhecidos.
Trata-se de um passo fundamental para que todos os “ficheiros secretos” relacionados com a Vidente de Fátima, cujo processo de canonização decorre no Vaticano, possam ser publicamente revelados.
“Para além dos diários e das quase cinco mil cartas que escreveu, temos também dezenas
ESCREVERAM À IRMÃ LÚCIA GOVERNANTES, BISPOS, CARDEAIS E TRÊS PAPAS
de milhares de cartas que a Irmã Lúcia recebeu, oriundas dos quatro cantos do mundo e de todo o tipo de pessoas, desde o crente anónimo, a governantes, bispos, cardeais e até papas”, disse ao Correio da Manhã a irmã Ana Sofia da Trindade, superiora do Carmelo de Coimbra.
Ao longo da sua vida, e sobretudo dos 57 anos que passou nesta casa carmelita, a Pastorinha escreveu quase cinco mil cartas, constando todas elas da causa de canonização que se encontra em estudo na Congregação para as Causas dos Santos, na Santa Sé. Não sendo muitas delas conhecidas do grande público, já todas foram alvo de estudo e análise teológica.
O mesmo não pode dizer-se das cartas que recebeu. São dezenas de milhares e quase todas elas se mantiveram até agora secretas. Há cartas de governantes, como a filipina Corazón Aquino ou o português Oliveira Salazar, dos papas Pio XII, Paulo VI e, sobretudo, João Paulo II, mas há também cartas de religiosos que hoje são santos, como José Maria Escrivã de Balaguer ou a Madre Teresa de Calcutá.
“Há cartas de bispos muito importantes, que são autênticos documentos históricos, como as que lhe escreveram alguns bispos como D. Ernesto Sena de Oliveira, de Coimbra, ou D. José Alves Correia da Silva, de Leiria Fátima