Correio da Manha

Ivo Rosa volta a perder no Tribunal da Relação

- TÂNIA LARANJO/ARMANDO ESTEVES PEREIRA

Ivo Rosa não podia ter impedido os jornalista­s assistente­s de estarem na instrução da operação Marquês. A decisão da Relação é clara e foi proferida por quatro juízes, referindo que o juiz Ivo Rosa devia ter deixado os jornalista­s manterem-se como assistente­s e assistir ao processo Marquês que tem o ex-primeiro ministro José Sócrates como principal arguido. A decisão é da Relação de Lisboa e, num acórdão escrito pelo juiz Ricardo Cardoso, cita-se mesmo um poeta inglês do século XVIII: “Como exemplar e lapidarmen­te afirmado por William Blake, quando a imprensa não fala, o povo é que não fala. Não se cala a imprensa, cala-se o povo”, disse. No entanto, não se assaca qualquer consequênc­ia - não é líquido se os jornalista­s poderão ainda intervir na fase de instrução, já que a mesma terminou. Esta é mais uma derrota do magistrado, no tribunal superior, que tem vindo sucessivam­ente a ver recusadas as suas posições no processo que tem José Sócrates, ex-primeiro ministro, como principal arguido. Ivo Rosa também ainda não revelou a data em que vai terminar a instrução e quando dará a conhecer às defesas a posição tomada.

MAGISTRADO DIZ QUE “CALAR A IMPRENSA É CALAR O POVO”

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