Pedro Nuno e Siza têm os maiores reforços
SUBIDA despesas Economia conta com mais 71,8% para QUEDA Trabalho tem perda de 6,4%
Com reforços orçamentais de 71,8% e de 55,8%, os ministérios da Economia e das Infraestruturas, respetivamente, estão entre os que beneficiam de maiores reforços de verbas na proposta de Orçamento do Estado para 2021. A área do Trabalho e Segurança Social, que assegura o pagamento de pensões ou dos subsídios de desemprego, vê a fatia do bolo orçamental diminuir em 6,4%.
A área tutelada por Pedro Siza Vieira, que além da economia inclui também a transição digital, tem inscritos mais de dois mil milhões de euros para despesa em 2021. Já Pedro Nuno Santos, que responde também pela Habitação, passa a contar no próximo ano com uma verba superior a cinco mil milhões de euros. O investimento em obras públicas e o apoio às empresas dos setores mais afetados pela crise ajudam a explicar o reforço financeiro destas duas áreas governativas.
Dois dos pesos-pesados das políticas públicas, os ministérios da Saúde e da Educação também ganham músculo financeiro no próximo ano. A área tutelada por Marta Temido vê a despesa consolidada crescer 4,1%, para cerca de 12,6 mil milhões de euros. Quanto ao Ensino Primário, Básico e Secundário, pelos quais responde Tiago Brandão Rodrigues, conta no próximo ano com mais de sete mil milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 7,1% na despesa face à que é estimada para este ano.
Com uns expressivos 26,4% a mais face ao ano em curso, o Ambiente e Ação Climática terá ao seu dispor no próximo a n o ma i s d e 2,8 mil milhões de euros para as áreas que João Matos Fernandes tutela. O maior aumento ao nível da despesa ocorrerá contudo no Ministério do Mar (75,8%), mas a sua verba total não irá além dos 128 milhões de euros.
O orçamento setorial com maior dotação financeira continuará a ser, em 2021, o do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com mais de 22,3 mil milhões de euros. No entanto, depois de um aumento extraordinário da despesa, este ano, devido à crise económica causada pela pandemia, Ana Mendes Godinho vê o montante ao seu dispor baixar 6,4%. É das poucas áreas do Governo em que o valor do orçamento encolhe.
INFRAESTRUTURAS COM VERBA SUPERIOR A CINCO MIL MILHÕES DE EUROS