Correio da Manha

Nada para a Polícia

- Paulo Rodrigues PRES. ASSOC. SIND. PROFIS. DA POLÍCIA

Depois de uma análise muito breve ao Orçamento do Estado para 2021, no que diz respeito às forças de segurança e em particular à Polícia de Segurança Pública, fiquei com a impressão de que o Governo se esqueceu que a polícia ainda não fechou portas.

Com todos os problemas graves que foram identifica­dos e que irão colocar em causa, caso não sejam resolvidos, a estabilida­de interna e em resultado a segurança pública, o governo assume um papel irresponsá­vel perante todo o país.

COMO É QUE O PODER POLÍTICO QUER QUE OS POLÍCIAS NÃO ESTEJAM REVOLTADOS

Durante os últimos anos foram feitas, e bem, atualizaçõ­es salariais na magistratu­ra, no Serviço de Estrangeir­os e Fronteiras, na Polícia Judiciária, entre outros.

O Primeiro-Ministro e o próprio Presidente da República vieram dizer que, agora, seria o ano de resolver a questão da Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republican­a, mas afinal voltámos a ficar de fora.

Com esta atitude de desprezo por estes profission­ais, como é que o poder político quer que os polícias não estejam revoltados, indignados e expressem, por vezes, discursos pouco moderados? Assim não dá

Sr. Primeiro-Ministro. Assim não.

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