Correio da Manha

Decisão da CMVM pressiona regulador dos media

ERC já concluiu audições no âmbito da investigaç­ão à alteração de domínio da dona da TVI - aberta há cerca de três meses - mas ainda não tem data para divulgar conclusões

- DUARTE FARIA

AEntidade Reguladora para a Comunicaçã­o Social (ERC) já concluiu as audições no âmbito da investigaç­ão à entrada da Pluris, do empresário Mário Ferreira, na estrutura acionista da Media Capital (dona da TVI) - foram iniciadas a 9 de setembro e duraram cerca de um mês.

O regulador dos media anunciou a 17 de julho a abertura deste processo para analisar “a eventual alteração não autorizada de domínio, que envolve responsabi­lidade contraorde­nacional e pode dar origem à suspensão de licença ou responsabi­lidade criminal, tendo em conta o artigo 72º da Lei da Televisão e dos Serviços Audiovisua­is a Pedido”, sendo que prometeu uma “averiguaçã­o rigorosa”. Apesar de fonte oficial da ERC não adiantar uma data para a divulgação das conclusões da sua análise, o CM apurou junto de fontes próximas do processo que é convicção de alguns membros do organismo que há provas suficiente­s de que o domínio do grupo foi alterado a partir do momento em que Mário Ferreira adquiriu 30,22% do capital da Media Capital, em maio.

A decisão da ERC poderá também ser condiciona­da pela avaliação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliário­s (CMVM) que revelou, na passada sexta-feira, que considera que há concertaçã­o entre a Pluris e a espanhola Prisa na MC, tendo desde essa data o empresário Mário Ferreira 10 dias úteis para responder ao projeto de decisão. Caso a CMVM mantenha a sua posição, o dono da Douro Azul terá de lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as posições minoritári­as (cerca de 5%).

ALGUNS MEMBROS DA ERC CONSIDERAM EXISTIR EVIDÊNCIAS DE ALTERAÇÃO

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Mário Ferreira comprou 30,22% da TVI em maio

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