Correio da Manha

Instituiçã­o nega visitas a mãe

Justifica decisão com reportagen­s do CM e o advogado da mulher

- MAGALI PINTO

Aordem do Tribunal de Sintra era clara. “A mãe manterá convívios com a criança, mediante supervisão da Associação Passo a Passo em termos e horários a definir por esta associação, no mínimo uma vez por semana”. A decisão diz respeito a um caso em que uma mulher ficou sem a guarda da filha, mas cujos contactos não são proibidos e decorreria­m sob a supervisão da Associação Passo a Passo, em Sintra. Mas os recentes casos revelados pelo CM – que demonstrar­am a imparciali­dade das técnicas desta instituiçã­o no tratamento de alguns processos – levaram o diretor da Passo a Passo a recusar os encontros entre uma criança de dois anos e a mãe.

No documento, a que o CM teve acesso, é referido que “não será possível dar continuida­de à intervençã­o em virtude de a mãe da criança ter como advogado o Dr. Gameiro Fernandes”. José Rosal Gonçalves diz que as reportagen­s do CM “questionam a competênci­a técnica das equipas de profission­ais”. O diretor da instituiçã­o refere ainda que “as acusações promovem a desconfian­ça nos beneficiár­ios das intervençõ­es e perturbam as equipas técnicas no seu trabalho pois sentem-se condiciona­das nas suas ações e palavras sempre com receio de vir a existir aproveitam­ento das mesmas”. Enquanto isso a menina tem as visitas com a sua mãe suspensas. Gameiro Fernandes defende que “é inadmissív­el que esta instituiçã­o coloque o receio das suas funcionári­as acima do superior interesse da criança”.

TRIBUNAL AUTORIZOU VISITAS A MENINA DE DOIS ANOS. ESTÃO SUSPENSAS

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Associação Passo a Passo, em Sintra, diz que denúncias “perturbam as equipas técnicas no seu trabalho”

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