Enfermeiro suspeito de violar idosa de 90 anos acamada
CUIDADOS Profissional foi contratado para prestar apoio à vítima, que era totalmente dependente CRIME Arguido acusado pelo Ministério Público de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência
Aidosa, de 90 anos, doente com Alzheimer e acamada, era totalmente dependente de terceiros. Estava normalmente apática e verbalizava palavras sem nexo no dia a dia. Para seu maior conforto, a família decidiu contratar um enfermeiro para que lhe prestar todos os apoios necessários - desde higiene a alimentação. E foi no exercício destas funções que o profissional de saúde atacou sexualmente a idosa. O crime ocorreu a 2 de julho do ano passado, numa freguesia de Celorico de Basto.
De acordo com o processo, o enfermeiro aproveitou-se do facto de estar sozinho com a idosa para com ela manter contactos de trato sexual. A família descobriu tudo e denunciou o caso às autoridades. O arguido foi recentemente acusado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Celorico de Basto da prática de um crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência agravado. O crime terá mesmo sido cometido na cama da vítima.
O enfermeiro violador, que terá entre 40 e 50 anos, não trabalha em qualquer unidade de saúde do concelho. Ao que tudo indica, poderá pertencer a uma instituição social ou seria já pessoa conhecida da família da idosa doente. Foi contratado única e exclusivamente para tratar do bem-estar da vítima, muito debilitada.
Para já, são ainda poucos os pormenores conhecidos deste caso, que foi ontem divulgado pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto. Ao que o Correio da Manhã conseguiu ainda apurar, o arguido aguarda o início do julgamento em liberdade.
Em Celorico de Basto ninguém ouviu falar em tal situação. Ao que tudo indica, o caso terá permane c i d o n o s e i o f a mi l i a r durante mais de um ano, não sendo do conhecimento geral da população. O enfermeiro agora acusado pelo Ministério Público não residirá no concel ho onde f oi c ometido e s t e crime perverso.
DOENTE ESTAVA SEMPRE APÁTICA E VERBALIZAVA PALAVRAS SEM NEXO