Correio da Manha

AÇORES PS ACENA AOS CENTRISTAS PARA GOVERNAR NA REGIÃO

CENÁRIO Vasco Cordeiro terá de acertar posições com o CDS-PP se quiser maior estabilida­de. Solução terá de contar com três partidos

- WILSON LEDO

Os socialista­s estão obrigados a negociar com o CDS para conseguire­m uma maioria parlamenta­r e um governo mais estável nos Açores. Mesmo que Bloco e PAN alinhassem num acordo, os socialista­s não conseguiri­am juntar os 29 deputados necessário­s.

A solução deverá passar pelos centristas, com Artur Lima a garantir que não deixará a região em situação de “ingovernab­ilidade”. Em 1996, quando o PS foi eleito na região sem maioria absoluta, o CDS deu a mão aos socialista­s.

A repetição é vista como a mais exequível, mas a solução teria sempre de integrar um terceiro partido, bastando neste caso o PAN juntar-se. Ou, só em último recurso, um dos deputados ligados ao PPM, dada a relação tensa com o PS. Apesar dos sucessivos contactos, nem PS nem CDS a nível regional respondera­m ao CM.

Outro cenário possível, e mais drástico, é o de uma “geringonça à direita”, com o PSD a alinhar-se com outras quatro forças políticas - uma repetição do que aconteceu no parlamento nacional em 2015. Apesar da empreitada, o CM sabe que os sociais-democratas não deitaram já a toalha ao chão, encetando conversaçõ­es esta semana. O problema é o Chega: sem este, não será possível formar maioria, faltando dois deputados. José Manuel Bolieiro já avisou que não alinhará com “posições extremista­s” e o Chega excluiu coligações só para que o PSD possa governar.

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