Correio da Manha

Governo aprova apoios com défice na garganta

HOJE Conselho de Ministros decide novas medidas para ajudar empresas mais pequenas com receio do impacto orçamental PACOTE parte das quebras na faturação e subida das deduções em sede de IRC poderão estar em cima da mesa

- SALOMÉ PINTO / WILSON LEDO

OGoverno aprova hoje, em Conselho de Ministros “um conjunto de novas medidas de apoio à atividade económica e, em particular, às micro, pequenas e médias empresas, que estão a ter um esforço muito grande e a suportar grande parte dos custos de controlo da pandemia”, garantiu o primeiro-ministro, António Costa. Apoio a fundo perdido às quebras na faturação e majoração das deduções em sede de IRC das despesas relacionad­as com a Covid-19 poderão estar neste novo pacote de incentivos que visa travar o desemprego e socorrer empresas e famílias. Ontem, as medidas não estavam fechadas porque o Executivo está preocupado com a falta de margem orçamental, apurou o Correio da Manhã.

Os patrões, recebidos ontem pelo Presidente da República, insistem que as empresas não vão conseguir sobreviver sem apoios a fundo perdido. Outra das propostas onde há consenso é no regresso do layoff simplifica­do até ao final de 2021 para os setores mais afetados pela pandemia. “Não pensemos que esta crise desaparece em três meses”, justificou António Saraiva. O presidente da CIP mostrou-se ainda “contra” um confinamen­to geral e lembrou que o número de surtos em empresas tem sido residual. Já João Vieira Lopes, líder da CCP, alertou o Governo que, na definição das medidas urgentes, as “preocupaçõ­es do défice não devem ser prioritári­as”. E a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuiç­ão (APED) voltou a defender o aumento nas lojas do rácio do número de clientes por 100 metros quadrados, “p o r e x e mplo, de cinco para seis”, sugeriu o líder da APED, Gonçalo Lobo Xavier.

A margem para levantar restrições é reduzida. “Com bacalhau ou com peru, queremos manter o Natal”, alertou o chefe do Governo, pedindo que se evitem “aglomeraçõ­es”.

OBJETIVO É DEFENDER PEQUENOS NEGÓCIOS E TRAVAR DESEMPREGO

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1António Costa i nsi st e na necessidad­e de achatar a curva de contágios, para que as famílias se possam reunir no Natal 2President­e da República recebeu confederaç­ões patronais em Belém, para avaliar estado de emergência e impacto na economia
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Autocarros de turismo, que estão parados, vão ajudar a subir a oferta

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