Prejuízos da TAP somam 700 milhões
PANDEMIA Companhia ainda notou uma recuperação na procura de viagens no início de julho mas um mês depois voltava a afundar com o aumento do número de casos OPERAÇÃO Receitas caem de 1,6 mil milhões para 841,3 milhões de euros nos nove primeiros meses do
ATAP recorreu aos apoios do Estado no âmbito da retoma da economia, reduziu custos e dispensou 729 trabalhadores a prazo, a que se somam outros num total de 1200, entre outras medidas para conter o impacto da pandemia. Mas os prejuízos acentuaram-se a partir de março e, no final de setembro, chegavam a 700 milhões de euros, ou seja, mais 590 milhões de euros que nos nove primeiros meses do ano passado.
A comunicação apresentada ontemàCo missão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) revela assim a dimensão dos resultados negativos que já obrigou à injeção de capital público - 582 milhões de euros até setembro-e vai ainda implicar uma reestruturação que passa por mais despedimentos, cortes salariais e redução de aviões (ver texto ao lado).
No início de julho, a companhia aérea começou a registar uma recuperação da procura, mas um mês depois foi “revertida por novas restrições impostas às viagens e pela queda na procura associada à subida dos novos casos de Covid 19”, segundo a empresa.
Neste terceiro trimestre, os prejuízos agravaram-se em mais 119 milhões de euros, elevando o buraco para os 700 milhões. Neste contexto de pandemia, as receitas operacionais caíram, face aos nove primeiros meses de 2019, 1648,7 milhões de euros para 841,3 milhões. Os custos da operação reduziram-se em 41% no final de setembro face ao mesmo período do ano passado, caindo de 2446 milhões de euros para 1451 milhões de euros.
ESTADO JÁ EMPRESTOU À COMPANHIA AÉREA 582 MILHÕES DE EUROS
INFORMAÇÃO FINANCEIRA FOI COMUNICADA À COMISSÃO DE VALORES