DISCUSSÃO TEVE INÍCIO COM PARTILHA DE ANIMAIS QUE TINHAM CAÇADO. ACABA COM CASAL MORTO A TIRO.
ACUSAÇÃO Vítimas haviam testemunhado em tribunal contra homicida
Os conflitos de José Elias dos Santos, 67 anos, residente em Avarenta, Valpaços, com os cunhados começaram devido a uma disputa motivada pela partilha de animais que tinham caçado. Agravaram-se quando Laurindo Cunha, 52 anos, e a mulher, Ana Paula Teixeira, de 49, foram testemunhas num processo em que ele era arguido. Entendeu que as declarações ao tribunal o prejudicaram e jurou vingar-se.
Em maio do ano passado matou-os a tiro, tendo sido agora acusado pelo Ministério Público de dois crimes de homicídio qualificado, 13 de ameaça agravada e um de detenção de arma proibida. O crime ocorreu a 30 de maio, quando o arguido disparou mortalmente sobre o casal, que estava a cortar feno num lameiro.
Segundo a acusação, “desde pelo menos 28 de julho de 2018 que o arguido se encontrava desavindo com as vítimas mortais”, por entender que ambos “prestaram declarações que o desfavoreceram” no âmbito de um processo em que era acusado de ofensas à integridade física.
Os comportamentos agressivos começaram com desentendimentos sobre a partilha dos animais que ele e os seus cunhados haviam caçado. Por entender que não estava a ser apoiado pelos colegas de caça, começou a criar inimizades e a a me a ç a r e a agredir algumas pessoas. Afirmou várias vezes que “não iria morrer sem os matar”. Chegou a dizer que “Avarenta iria ficar para a história porque lhe e s t r a g a r a m o c a s a mento” , dando a entender que poderia matar algum familiar.
CONFLITOS COMEÇARAM DEVIDO À PARTILHA DE ANIMAIS CAÇADOS