218 mortos
NOTA EDITORIAL
Os números transportam a dimensão da tragédia. 218 mortos por Covid só no dia de ontem. 218 pessoas, pais, mães, irmãs e irmãos, filhos. 218 nomes e rostos. No meio desta tragédia, não podemos consentir que as mais de 9 mil vidas ceifadas por esta doença se transformem em meras estatísticas. Que se transformem na expressão de uma inaceitável resignação sobre os efeitos letais de um qualquer destino que nos esperaria. Mais do que nunca, é essencial questionar o poder político e a nossa própria responsabilidade coletiva. Não podemos encolher os ombros como se não fosse connosco ou aceitar os discursos de autopreservação que alguns políticos estão a fazer. É tão
NÃO PODEMOS ENCOLHER OS OMBROS COMO SE NADA FOSSE
CONNOSCO
má uma espécie de irresponsabilidade coletiva que assomou aqui e ali ao longo deste ano, como o ataque de Ana Catarina Mendes a Ricardo Baptista Leite por descrever o que viu no Hospital de Cascais. São tão maus os ajuntamentos de gente por puro lazer como um Governo ou um Presidente da República que fazem navegação à vista na gestão das medidas. Ou políticos que se escudam na opacidade burocrática ou em motivos de agenda para não darem informação. Os mais de 9 mil mortos que esta pandemia já leva, as suas famílias e todos os que sofrem exigem mais respeito e consideração. A todos!