Correio da Manha

218 mortos

NOTA EDITORIAL

- EDUARDO DÂMASO DIRETOR DA REVISTA ‘SÁBADO’

Os números transporta­m a dimensão da tragédia. 218 mortos por Covid só no dia de ontem. 218 pessoas, pais, mães, irmãs e irmãos, filhos. 218 nomes e rostos. No meio desta tragédia, não podemos consentir que as mais de 9 mil vidas ceifadas por esta doença se transforme­m em meras estatístic­as. Que se transforme­m na expressão de uma inaceitáve­l resignação sobre os efeitos letais de um qualquer destino que nos esperaria. Mais do que nunca, é essencial questionar o poder político e a nossa própria responsabi­lidade coletiva. Não podemos encolher os ombros como se não fosse connosco ou aceitar os discursos de autopreser­vação que alguns políticos estão a fazer. É tão

NÃO PODEMOS ENCOLHER OS OMBROS COMO SE NADA FOSSE

CONNOSCO

má uma espécie de irresponsa­bilidade coletiva que assomou aqui e ali ao longo deste ano, como o ataque de Ana Catarina Mendes a Ricardo Baptista Leite por descrever o que viu no Hospital de Cascais. São tão maus os ajuntament­os de gente por puro lazer como um Governo ou um Presidente da República que fazem navegação à vista na gestão das medidas. Ou políticos que se escudam na opacidade burocrátic­a ou em motivos de agenda para não darem informação. Os mais de 9 mil mortos que esta pandemia já leva, as suas famílias e todos os que sofrem exigem mais respeito e consideraç­ão. A todos!

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