Não vale tudo...
Paulo Santos
Recentemente foi noticiado, com aberturas de telejornal, o episódio de um cidadão, o qual identificava uma ocorrência policial, na qual teria sido vítima de maus-tratos policiais. Essa notícia foi multiplicada e propagada pela comunicação social como factual e tornou-se um enxovalho, não só para os polícias envolvidos, mas também para a PSP. Posteriormente, mas não tão noticiado, nem com tanta multiplicação, veio a saber-se que o cidadão teria mentido e afinal os polícias não teriam usado de violência.
Não importa aqui o processo em concreto, também não tenho o intuito de fazer uma defesa corporativista, pois quando se age mal, deve-se ser responsabilizado, mas importa sim salientar a forma como se divulga notícias, quantas vezes sem qualquer rigor, e também criticar o pouco escrutínio da verdade na difusão, ficando a sensação que tudo vale para agendas pontuais e mediáticas...
Neste caso, como em tantos outros, independentemente de se tratar de polícias, importa lembrar que as pessoas têm direitos e devem ser julgadas em sede própria, nunca na praça pública e de forma vexatória.
Não se normalize a leviandade com que se faz notícias e não se enxovalhe profissionais de polícia, os quais são pessoas, com família e direito à sua dignidade.