Correio da Manha

IDOSOS CUMPREM VOTO PARA BELÉM ADESÃO EM LARES É ELEVADA

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Os votos dos idosos residentes em lares, dos infetados por Covid-19 em isolamento e dos cidadãos em isolamento profilátic­o começaram ontem a ser recolhidos por todo o País. Num lar em Lisboa, 58 eleitores estavam ansiosos por preencher os boletins com a sua escolha na corrida a Belém. “Eles estão a falar nisto para aí há dois meses”, confidenci­ou Teresa Esquivel, diretora técnica da Casas da Cidade, em Lisboa. Adelaide Névoa, 86 anos, contou à Lusa que se não houvesse esta solução, seria a primeira vez que falharia uma ida às urnas. “Sempre votei. Até fiz parte de uma mesa de voto quando foi da Assembleia Constituin­te [primeiras eleições livres por sufrágio universal, a 25 de Abril de 1975].

Desde o princípio, até hoje.”

Em Portimão, 79 utentes de lares votaram. Nos lares da Raminha e Vila Avó, ambos integrados no Centro de Apoio a Idosos de Portimão, foram 26 utentes. “Infelizmen­te estou num lar, mas disse logo que queria votar e fui das primeiras a fazê-lo. Vou cumprir o meu dever”, disse ao CM Odete Rego, de 79 anos, já com a caneta e o cartão de cidadão na mão. Também Diamantina Guerreiro, de 83 anos, fez questão de frisar que “já sabia o que queria” e disse que “quando votava na escola, metia o boletim de voto na caixa e, desta vez, foi num envelope”.

A Norte, 19 utentes do Lar Santa Isabel, em Vila Nova de Gaia, votaram, mas outros 10 foram impedidos. “Estivemos três dias a tentar inscrevê-los na plataforma e não conseguimo­s”, afirmou o diretor do lar, Fernando Vieira. “A responsabi­lidade é da CNE que, em alguns aspetos, está fossilizad­a.”

ALGUMAS UNIDADES RELATAM DIFICULDAD­ES A INSCREVER IDOSOS

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