Correio da Manha

Marcelo lembra “caminho trabalhoso

MENSAGEM Presidente da República alerta que País deve iniciar ainda neste ano o processo de recuperaçã­o económica e social, deixou apelo à prudência, mas não se compromete­u com o fim do estado de emergência

- WILSON LEDO

OPresident­e da República alertou ontem para a necessidad­e de iniciar o processo de recuperaçã­o económica e social do País. “Quando o desconfina­mento cria a sensação de alívio, o caminho que se segue ainda vai ser muito trabalhoso”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.

No discurso ao País, aquando da r e novação do e s t a do de emergência, lembrou as cicatrizes que a atual crise de saúde pública vai deixar na vida dos portuguese­s. “Mais complicado do que os números da economia, é a situação das pessoas. É fundamenta­l ter a noção de que o que ficou - e fica - nas suas cabeças e relações com os outros pesa muito”, justificou.

Para o Presidente da República, se “a economia demorará a dar os passos da reconstruç­ão, a sociedade demorará muito mais”, numa r e f e r ê nci a a o agravament­o da pobreza e dos problemas de saúde mental. E deixou ainda outra meta, em jeito de recado para o Governo: “Se 2020 foi o ano da luta pela vida e saúde, 2021 terá de ser o ano de início da reconstruç­ão social sustentada e justa.”

Após um confinamen­to geral que foi “mais intenso” do que o primeiro, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a reabertura da economia deve “seguir o seu curso de forma gradual e sensata” mas não se compromete­u com o fim do estado de emergência, admitindo apenas que “desejaria que [esta] fosse a última renovação”.

“Queria pedir-vos mais um esforço, para tornar impossível termos de dar um passo atrás”, apelou. Marcelo admitiu a possibilid­ade de “confinamen­tos locais” que permitam garantir que o País viva um “verão e outono diferentes”, após um período de cinco meses de estado de emergência.

A partir do Palácio de Belém, o Presidente da República defendeu que este é o momento de “pensarmos mais no futuro, com orgulho legítimo de termos estado e estarmos à altura como povo”, sem esquecer o esforço dos portuguese­s, que encontrara­m caminhos “muito difíceis, mas notáveis” para garantir a sobrevivên­cia.

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