Europa compra mais da Pfizer
NEGÓCIO Atrasos dos laboratórios leva União Europeia a adquirir 50 milhões de doses extra da BioNTech/Pfizer e negociar a produção de 1,8 mil milhões de vacinas contra as novas variantes
Os atrasos nas entregas das vacinas da AstraZeneca e do grupo Johnson & Johnson na Europa estão a dar negócios de milhões de euros às concorrentes BioNTech/Pfizer. Ontem, a Comissão Europeia anunciou a aquisição adicional de 50 milhões de doses de vacinas anti-Covid da BioNTech/Pfizer (consórcio alemão e norte americano), elevando para 250 milhões o total para entrega neste segundo trimestre.
De acordo com a alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, “estas doses serão distribuídas proporcionalmente à população entre todos os Estados-Membros, o que ajudará substancialmente a consolidar o desenvolvimento das campanhas de vacinação”.
Além deste reforço no negócio com a Pfizer, o executivo comunitário anunciou ter escolhido o consórcio BioNTech/Pfizer para produzir 1,8 mil milhões de vacinas contra as novas variantes do vírus até 2023, negociações que arrancam agora. Segundo von der Leyen, o contrato “obrigará a que não só a produção das vacinas, mas também de todos os componentes essenciais, seja baseada na União Europeia ”, e é direcionado a estas farmacêuticas dado que “ficou comprovado” que a tecnologia assente no ARN mensageiro funciona.
Estes anúncios foram feitos no dia em que a UE atingiu as 100 milhões de doses de vacinas administradas: 7,5% dos adultos estão totalmente inoculados.
Também ontem o Ministério da Saúde informou que as vacinas da Johnson & Johnson – cuja primeira tranche de 32 mil doses já chegou – vão ficar armazenadas até que a Agência Europeia do Medicamento dê luz verde para o início da sua inoculação.
GOVERNO DIZ QUE VACINAS DA JOHNSON & JOHNSON FICARÃO ARMAZENADAS