Hotelaria sofreu perdas diárias de nove milhões
BALANÇO Danos superam os 70% no primeiro ano completo com casos de Covid-19 em Portugal PAÍSES Espanhóis ultrapassam britânicos como a primeira origem nas dormidas de estrangeiros
Os hotéis e alojamentos locais perderam quase nove milhões de euros por dia no primeiro ano da pandemia. Entre março de 2020 e fevereiro de 2021, os proveitos do setor recuaram quase 74%, para 1100 milhões de euros. São menos 3,2 mil milhões do que um ano antes, mostrou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Neste ano, houve oito milhões de hóspedes e 20 milhões de dormidas: as duas quebras superam também os 70%.
O verão permitiu ao setor do alojamento respirar, com os meses de julho a setembro a concentrarem seis em cada 10 dormidas.
CONFINAMENTO TORNOU FEVEREIRO NO TERCEIRO PIOR MÊS EM PANDEMIA
Agosto e setembro de 2020 foram os melhores meses. Já abril e maio figuram como os piores meses, com as dormidas a recuar acima dos 95% num País confinado. O pódio pela negativa fecha-se com fevereiro de 2021: o novo confinamento fez as dormidas contrair quase 88% neste mês, para as 473 mil. Em causa estão as restrições à circulação, já que o setor nunca foi obrigado por lei a fechar portas.
A Covid-19 inverteu também o peso dos nacionais no setor, que passaram a ser a maioria neste primeiro ano de pandemia: seis em cada dez dormidas couberam a residentes. Com quebras em todos os mercados emissores de turistas, os espanhóis tornaram-se a nacionalidade com mais peso nas dormidas de estrangeiros, superando o Reino Unido.