Portuguesa raptada junto de consulado
ARMADOS Raptores sequestraram a vítima à porta da representação portuguesa em Maputo INSEGURANÇA Segundo rapto em 48 horas na capital moçambicana e o 10º desde janeiro de 2020
Uma mulher de nacionalidade portuguesa, de 49 anos, foi raptada em Maputo na terça-feira e continuava ontem em parte incerta. O MNE português disse estar “a acompanhar de perto” a situação e disse ainda ter já “manifestado [às autoridades locais] disponibilidade para colaborar na investigação, através da Embaixada e do Consulado-Geral de Portugal em Maputo”.
O rapto aconteceu às 11h da manhã (10h em Lisboa), quando a portuguesa deixava o edifício do consulado português, na avenida Mao Tse Tung. Em declarações à Lusa, o porta-voz da polícia em Maputo, Leonel Muchina, disse que a vítima “foi intercetada”, quando se dirigia para o carro, por desconhecidos armados, possivelmente com uma AK-47 (Kalashnikov).
De acordo com as autoridades moçambicanas, o grupo de raptores terá arrastado a vítima até ao automóvel no qual escapou.
A portuguesa será Shabname Issufo, residente em Nampula e casada com um empresário da área da hotelaria daquela província.
“Procuramos obter todas as informações possíveis que permitam ajudar esta compatriota”, lê-se na nota enviada à Lusa pelo ministério liderado por Augusto Santos Silva.
O rapto da portuguesa, cuja identidade não foi ontem confirmada oficialmente, é o segundo em menos de 48 horas em Maputo.
No domingo, um empresário foi raptado na avenida Romão Fernandes Farinha, no centro da capital moçambicana, pouco depois de estacionar o carro junto de casa.
Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram mais de 10 raptos nas principais cidades do país e as vítimas são quase sempre e mpresár i o s ou familiares.
Em outubro daquele ano, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, Centro de Moçambique, paralisou atividade por três dias em protesto contra os raptos no país e contra a falta de ação das autoridades.
VÍTIMA É CASADA COM UM EMPRESÁRIO QUE RESIDE E TRABALHA EM NAMPULA
GOVERNO DE PORTUGAL ACOMPANHA A SITUAÇÃO E OFERECE AJUDA