INSPETOR-CHEFE DA PJ ROGÉRIO BRAVO É SUSPEITO DE COLABORAR COM O FUNDO DOYEN.
PROCESSO Rogério Bravo está a ser investigado por ter alegadamente colaborado com fundo que acusa Rui Pinto de tentativa de extorsão SESSÃO Testemunha foi confrontada em tribunal com troca de emails, mas pediu para não responder
Oinspetor-chefe da Polícia Judiciária Rogério Bravo, que investigou Rui Pinto no processo Football Leaks, está a ser novamente investigado por suspeitas de colaboração com o fundo Doyen e já foi constituído arguido. O inquérito resulta de uma certidão extraída pelo tribunal que está a julgar o hacker. Rui Pinto e o advogado Aníbal Pinto são acusados de tentar extorquir à Doyen um valor até um milhão de euros.
A Procuradoria-Geral da República confirmou ontem, ao CM, que Rogério Bravo é, para já, o único arguido do processo. Não esclareceu, no entanto, que crimes estão em investigação. “O inquérito encontra-se em segredo de justiça externo pelo que não é possível prestar esclarecimentos adicionais.”
Rogério Bravo prestou ontem depoimento no julgamento do processo Football Leaks. Em 2015, o inspetor da PJ terá ajudado a Doyen a preparar um requerimento à PGR a pedir o levantamento do segredo de justiça do processo, numa altura em que a identidade de Rui Pinto não era conhecida. “Vou falar com uma pessoa muito próxima da senhora procuradora-geral a pedir deferimento disto”, terá dito em email. Confrontado pela defesa de Aníbal Pinto, Bravo recusou responder. A juíza permitiu que não respondesse se achasse que se estava a autoincriminar.
A testemunha rejeitou ter “o r i e n t a d o ” a Do y e n . “E u achei que não era nada demais [requerimento]. Como já se fez com outras empresas, não há aqui nada que beneficie ninguém”, afirmou em tribunal o inspetor-chefe da PJ.
PGR NÃO DIZ QUAIS SÃO OS CRIMES IMPUTADOS AO INSPETOR-CHEFE DA PJ
BRAVO DISSE QUE IA FALAR COM PESSOA PRÓXIMA DA PROCURADORA-GERAL