PLANO SUAVIZA FIM DAS MORATÓRIAS
MEDIDA Governo quer aprovar este mês um programa de transição para ajudar as empresas mais penalizadas ORÇAMENTO Mais de metade” já foi executado, revela o ministro das Finanças
Amenos de dois meses do fim das moratórias dos créditos bancários, que terminam em setembro, o Governo afasta um alargamento dessa medida extraordinária, mas garante que ainda este mês vai aprovar um programa de transição que prevê um “período de carência” para as empresas mais penalizadas pela pandemia, anunciou ontem, no Parlamento, o ministro das Finanças, João Leão, sem contudo revelar se as famílias também serão abrangidas.
O programa dirige-se aos “setores mais atingidos pela crise e que estão com a sua atividade muito condicionada, e que possam ter dificuldade em retomar o normal pagamento dos seus empréstimos”, explicou Leão, sublinhando que o objetivo é garantir que as empresas “tenham mais tempo para amortizar os empréstimos”.
Confrontado com a lei, aprovada pelo Parlamento, que prolonga as moratórias, o Governante afirmou que o País “já explorou até ao limite as oportunidades que a EBA ]Autoridade Bancária Europeia] deu”. “A EBA não deu indicação de querer estender o prazo para as moratórias”, disse Leão, assegurando, contudo, que o Governo “continuará a insistir”.
Sobre a execução do Orçamento do Estado para este ano, Leão revelou que “mais de metade” já foi concretizado. E enunciou uma série de medidas que já chegaram ao terreno, como o pagamento dos salários a 100% para quem está em layoff, o prolongamento por seis meses do subsídio de desemprego ou o aumento do salário mínimo. Quanto ao OE de 2022, o ministro reconheceu que “não será mais fácil nem menos exigente”. Apesar do prolongamento para o próximo ano da suspensão das regras orçamentais que impõe um limite de 3% do défice, João Leão avisou que “o foco na recuperação” da economia “não é incompatível com a responsabilidade na gestão das finanças públicas”.
OE DE 2022 “NÃO SERÁ MAIS FÁCIL NEM MENOS EXIGENTE”, AVISA LEÃO