Segurança Social vai perder 600 pessoas

ALERTA BALANÇO Dirigentes dizem que insuficiência de funcionários é de “risco elevado”para a instituição Organismo que trata de subsídios e fiscalização a lares perdeu 1435 pessoas desde 2013

Afalta de trabalhadores foi i d e n t i f i c a d a c o mo d e “risco elevado” para o Instituto de Segurança Social (ISS) pelos próprios dirigentes da instituição, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos, concluído o ano passado, mas só agora divulgado. A insuficiência poderá agravar-se nos próximos dois anos com a saída de 600 funcionários, disse ao CM o presidente da FESAP, José Abraão.

O Instituto de Segurança Social prevê a saída destes trabalhadores sobretudo para a reforma, acrescentou o dirigente da FESAP, que reuniu recentemente com aquela instituição.

Apesar da entrada de novos profissionais, nomeadamente nos últimos anos, o ISS perdeu 1435 funcionários desde 2013.

A redução do número de trabalhadores já foi apontada por governantes como justificação para atrasos no processamento de pensões ou até de prestações s o c i a i s . Mas agora são os próprios dirigentes da Segurança Social que consideram esta realidade como um risco.

“Os riscos de insuficiência de recursos humanos, erros não intencionais e desajuste das qualificações e competências são percecionados pelos dirigentes” lê-se no Plano de Gestão de Riscos, como problemas de grau elevado “com impactos na prossecução da estratégia, desempenho dos processos e na imagem e reputação da organização”.

O inquérito realizado, que atravessou todos os setores da instituição, identificou ainda como riscos os problemas informáticos e a fraude interna, para além da evasão contributiva de trabalhadores empresas.

O CM questionou o Ministério da Segurança Social e o próprio Instituto de Segurança Social mas não obteve resposta até à hora de fecho desta edição.

O ISS gere as prestações do sistema da Segurança Social, licencia instituições de apoio social como lares e garante proteção jurídica, entre muitas outras atribuições.

INSTITUIÇÃO PROMOVEU INQUÉRITO SOBRE RISCOS JUNTO DE DIRIGENTES