Polícia mata quatro alegados homicidas
SUSPEITOS Perseguição aos autores do ataque levou a duas detenções e à libertação de três reféns Governo decretou duas semanas de estado de emergência para facilitar operação de caça ao homem
Apolícia haitiana terá ontem matado quatro suspeitos de envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse depois de uma violenta troca de tiros na capital do Haiti, Porto Príncipe. O chefe da polícia, Léon Charles, disse ainda que foram detidos dois outros suspeitos e libertados três oficiais feitos reféns pelo grupo de homicidas.
“Bloqueámos os suspeitos porque os seguimos quando fugiam do local do crime e desde aí temos estado a combatê
ASSASSINATO DEIXA VAZIO DE PODER E INCERTEZA QUANTO À SUCESSÃO
-los”, afirmou Charles, garantindo que os restantes assassinos “serão detidos ou mortos”.
O governo do PM interino, León Charles, decretou duas semanas de estado de emergência para facilitar a perseguição aos autores do ataque.
Recorde-se que Moïse foi assassinado na madrugada de quarta-feira, na sua casa num bairro chique da capital. A mulher, Martine, ficou gravemente ferida. O PM em funções, Claude Joseph, afirmou ontem que se encontra em situação estável mas ainda grave, depois de ser transferida para tratamento em Miami, EUA.
Moïse era contestado há meses pela oposição mas a sua morte deixa o Haiti em situação perigosa. O país fica sem chefe de Estado, mas herda dois chefes de governo: Claude Joseph, em funções, e Ariel Henry, nomeado por Moïse na véspera do homicídio. Acresce que a Covid-19 matou o presidente do Supremo Tribunal, agravando um vazio de poder político e constitucional de consequências difíceis de prever.