VIEIRA SACA DINHEIRO VIVO DO BENFICA
PRESIDENTE DO CLUBE PASSA MAIS UMA NOITE NOS CALABOUÇOS DA PSP
AÇÃO CÍVEL DE SÓCIO MOSTRAVA JÁ DADOS DE INVESTIGAÇÃO NOVA
INQUÉRITO Ex-árbitro da I Liga poderá ter sido usado para lavar dinheiro dos encarnados INTERROGATÓRIOS Arguidos ainda não disseram se queriam falar, mas passam segunda noite nas celas da PSP. Rui Pinto ajuda investigação que visa o ainda presidente do Benfica
Luís Filipe Vieira, que responde por branqueamento de capitais, abuso de confiança, fraude fiscal qualificada, burla qualificada e falsificação de documentos, na operação ‘Cartão Vermelho’, arrisca ser arrastado para outro caso complexo. Corre uma investigação na Polícia Judiciária - e que está sob alçada de outros magistrados do Ministério Público - na qual se investiga o desvio de dinheiro vivo da Benfica SAD para as contas da Promovalor, de Luí s Fi l i pe Vieira.
O CM sabe que, neste caso, há suspeitas de envolvimento de um ex-árbitro da primeira divisão que poderá ter servido - à semelhança de Bruno Macedo - como o proprietário das empresas que eram usadas para branquear o dinheiro.
Os dados já recolhidos pela investigação da PJ não são, aliás, muito diferentes do que está na ação cível interposta por um sócio, em que se pede a destituição de Luís Filipe Vieira. De que, de facto, o saco azul que teria sido detetado no Benfica - com o pagamento a empresas fictícias - servia para justificar o desvio de verbas para a Promovalor - a empresa que está no centro da polémica no que diz respeito à dívida do Grupo Espírito Santo.
No dia em que Vieira poderá conhecer as medidas de coação aplicadas por Carlos Alexandre, o cerco aperta-se contra o presidente dos encarnados. Também Rui Pinto continua a auxiliar as investigações da JuJu diciária, descodificando a muita informação que lhe foi apreendida quando foi detido em Budapeste, muita dela referente ao Benfica eà gestão de Luís Filipe Vieira.
Debaixo de fogo e correndo o sério risco de ver ser-lhe aplicada uma medida de coação privativa da liberdade, Vieira poderá mesmo ter de suspender funções - para tentar convencer o superjuiz do ‘Ticão’ de que não há risco de continuação da atividade criminosa.
Os interrogatórios continuam hoje, depois de os advogados terem passado várias horas a consultar o processo. Se os arguidos falam, ou não, é a grande dúvida.