Groundforce deve mais de 16 milhões de euros
TRIBUNAL rA TAP pediu a insolvência da empresa de handling e o julgamento arranca esta quarta-feira CREDORES rEntre os maiores estão a ANA - Aeroportos de Portugal e a companhia aérea
As dívidas da Groundforce atingiram os 16 399 360 euros, a 30 de junho, segundo o processo de insolvência movido pela TAP em maio contra a empresa de handling, e a que o CM teve acesso. O julgamento arranca esta quarta-feira no Juízo do Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa.
Entre os 10 maiores credores (ver infografia), estão, à cabeça, a ANA - Aeroportos de Portugal a quem a Groundforce deve mais de 12 milhões de euros, a TAP, com créditos que superam os 5 milhões e a seguradora Fidelidade, com mais de 2 milhões de euros de faturas vencidas e não pagas. Logo a seguir, surge a TCR Ibérica, uma subsidiária espanhola de um grupo multinacional com origem em Bruxelas, que aluga equipamentos de assistência em escala ao transporte aéreo.
Ao todo, a Groundforce tem 281 credores, entre os quais figuram empresas das mais diversas áreas, desde segurança, como a Prosegur, de consultoria, como a Deloitte, ou prestadores de serviços de limpeza, papelaria e de restauração. A empresa de cantinas Eurest já “ameaçou suspender o serviço de refeições caso a dívida” de mais de 49 mil euros “não fosse regularizada”, lê-se nos autos do processo. Na lista de credores, salta ainda à vista Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a companhia aérea de David Neeleman, ex-acionista da
TAP, a quem o patrão da Groundforce deve cerca de 38 mil €. E a Câmara de Lisboa com créditos no valor de 2375 euros.
O pedido de insolvência movido pela TAP é o culminar de um divórcio há muito consumado entre o acionista minoritário TAP, que detém 49,9% da Groundforce, e a Pasogal de Casimiro, que tem uma participação maioritária de 50,1% na empresa. A 5 de maio a companhia aérea avançou com o processo para tribunal, depois de a empresa de handling ter rasgado o acordo de venda dos seus equipamentos à TAP, por 6,97 milhões, para obter liquidez para pagar salários. O contrato previa que a Groundforce permaneceria com os bens desde que desembolsasse um aluguer mensal de 461 762 €, que a empresa nunca pagou, apesar de ter ficado com os equipamentos.
EMPRESA DE HANDLING NUNCA PAGOU O ALUGUER DOS EQUIPAMENTOS À TAP