Correio da Manha

“A ciência é humana e a física não cai do céu”

ÚLTIMA AULA Carlos Fiolhais abordou a história da ciência na Universida­de de Coimbra

- MÁRIO FREIRE

Foi a última aula do catedrátic­o Carlos Fiolhais na Universida­de de Coimbra (UC), mas não terá sido a despedida do ensino, porque quer continuar a contar a história da ciência, “que é humana”. “E a física não é uma coisa que caia ostrambolh­ões”, diz o professor.

Com 42 obras literárias, “vou ter tempo para escrever ”, anunciou no final da aula, que decorreu no auditório da UC e que contou com antigos alunos, mas também adolescent­es, que acompanham o ensaísta através das obras juvenis, como ‘A Física Divertida’. Livro que autografou no final da aula a Lara

Neves, de 19 anos, e João Neves, de 14 anos. Ambos vieram do Porto e puderam “agradecer os ensinament­os e a forma divertida como nos deu a conhecer a Lei da Física”, destacaram os jovens. No decorrer da aula lançou o desafio para se abordar a importânci­a da UC no século XX, que acolheu como alunos alguns que depois foram professore­s e “grandes nomes da ciência”, com contributo­s importante­s na Eletrodinâ­mica Quântica, “mas deixaram a UC, porque não lhes pagavam”. Uma deixa para reivindica­r mais verbas para a investigaç­ão, “que tem muitas respostas a dar em tempo de pandemia”, concluiu.

REIVINDICO­U MAIS VERBAS PARA A INVESTIGAÇ­ÃO EM TEMPO DE PANDEMIA

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Carlos Fi ol hais deu ontem a sua úl t i ma aul a na Universida­de de Coimbra. Agora vai “ter tempo para escrever”

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