Bilhete Postal
Anotícia de que há centenas de pessoas que faltaram à vacinação, domingo, só no concelho de Cascais, levanta um tema relevante no combate à pandemia.
A eventual obrigatoriedade da vacinação deve ser colocada em cima da mesa.
Pelo menos sob um ponto de vista teórico, as sucessivas vagas da doença tornam urgente a reflexão.
Em Portugal, a cultura anti-vacina é muito minoritária, com percentagens muito reduzidas de recusas, como tem referido o vice-almirante Gouveia e Melo.
Mesmo assim, parece imoral haver quem recuse. Colocar-se em risco é colocar em risco a comunidade.
O tema não é pacífico. Pessoalmente, a hipótese não me choca. O que é estranho é não haver debate público sobre o tema, enquanto se aceita como natural a proibição de ir a restaurantes, por exemplo, sem o respetivo certificado.