Esforço e saber
Hoje é o dia da Matemática nos Exames finais do Secundário. Só os alunos prestam prova, mas a temática diz respeito a todos: os governantes ocupam-se com as políticas educativas, os professores preocupam-se com as estratégias de ensino e os pais com o aproveitamento dos filhos; os jovens preparam-se para a vida adulta e os cidadãos em geral interessam-se pelo desenvolvimento do saber e o seu papel como elevador social, a máquina igualitária que gera as diferenças.
A situação é difícil. Contamos com as gerações ‘melhor’ preparadas de sempre, mas revela-se difícil reconhecer competência e modelos estimulantes. As escolas da cultura e das ciências são menos atrativas do que as academias onde se treina futebol. Aliás, é nestas que mais se evidencia o efeito do esforço na conquista de bons resultados e se impõe o exemplo Cristiano Ronaldo com êxito assente no trabalho empenhado e persistente. Em comparação, as escolas apresentam-se como mostruários de vítimas que necessitam de todo o género de auxílio e estão condenadas a nunca conseguir o êxito.
Felizmente, nem todo o mundo vive nesta indigência educativa e cultural. Nos EUA, uma rapariga de 14 anos tornou-se, no final da semana passada, primeira afro-americana a vencer o ‘National Spelling Bee’, uma competição de ortografia existente desde 1925, com grande popularidade na TV e que contou, na final, com a presença da primeira-dama Jill Biden. A campeã Zaila recebeu felicitações públicas do ex-presidente Obama que salientou ter a também prometedora basquetebolista já três vezes o nome inscrito no ‘Guinness’ da modalidade. Há muitos outros campeões do aprender, saídos de concursos de Leitura em voz alta, Ditado e sabatinas diversas. A competição é necessária nas escolas e não se pode remeter para os Voice, Got Talent, etc.. Temos de aprender a vencer na vida com esforço e saber.
TEMOS DE APRENDER A VENCER NA VIDA COM ESFORÇO E SABER