Um desembarque que mudou Cuba e a História do séc. XX
Quando, a 26 de julho de 1953, Fidel Castro e uma centena de guerrilheiros atacaram o Quartel Moncada ninguém antecipava que, em apenas cinco anos, um regime apoiado pelos todo-poderosos EUA pudesse cair às mãos dos revolucionários barbudos.
Até lá chegar, Fidel foi preso e condenado, após um julgamento em que se defendeu a si mesmo, usando o tribunal como palco para uma muito eficaz propaganda. Em 1955, sob pressão internacional, o ditador Fulgencio Batista indultou os presos políticos, entre eles Fidel, não podendo adivinhar que libertava o homem que o viria a derrubar.
Exilado no México, Fidel preparou um regresso que marcou a História. Num barco delapidado e pequeno (18 metros e 12 lugares) ele e Che Guevara fizeram embarcar, em 1956, 82 guerrilheiros e uma ambição desmedida. O desembarque do ‘Granma’ seria o ponto de partida de uma luta que mudou Cuba até aos nossos dias. Após o desembarque, entrincheiraram-se na sierra Maestra, de onde combateram as tropas do regime, apoiadas por aviação e artilharia. Usando uma guerra de desgaste que inspirou tantos movimentos de esquerda pelo Mundo, Fidel venceu em dezembro de 1958, mas só a 8 de janeiro entrou em Havana, após uma lenta marcha triunfal por Cuba.
FIDEL E CHE ‘INVADIRAM’ A ILHA COM UM PUNHADO DE GUERRILHEIROS