Estado garante 25%
PRAZO Suspensão do pagamento de créditos termina a 30 de setembro APOIO Banca tem garantia pública
OEstado vai garantir 25% do crédito que esteja em moratória das empresas dos setores mais afetados pela pandemia, anunciou ontem o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira. Atualmente, ainda segundo o governante, o stock dos empréstimos de entidades coletivas cujos pagamentos estão suspensos ronda os 24 mil milhões de euros.
As garantias públicas serão asseguradas para os casos em que as empresas cheguem a um entendimento para reestruturar as dívidas com os respetivos bancos, após 30 de setembro, data em que as moratórias de crédito terminam. “Uma garantia pública significa que, nesta parte do crédito que está garantido, os bancos não têm que comprometer o seu capital e sabem que, se correr mal, o Estado paga”, explicou Pedro Siza Vieira.
Dos cerca de 24 mil milhões de euros sob moratória, o Governo estima que oito mil milhões correspondam a crédito de empresas dos setores mais afetados, como o turismo, comércio não alimentar, cultura e segmentos da indústria transformadora. Contudo, o ministro disse esperar que “uma grande maioria das empresas não precisem de apoio” e “possam retomar o serviço da dívida que tinham anteriormente”.