Mão pesada para fraude na avaliação
O mini s t r o d a E d u c a ç ã o anunciou que vai agravar as punições aos responsáveis de escolas que inflacionem as notas dos alunos. “Vamos proceder à revisão e ao reforço do quadro sancionatório no sentido de preservar e garantir cada vez mais este princípio de igualdade”, revelou Tiago Brandão Rodrigues em audição parlamentar. Dezenas de escolas, sobretudo privadas do Norte do País, têm inflacionado sistematicamente as notas, garantindo vantagem aos alunos no acesso ao Ensino Superior.
O ministro lembrou que a Inspeção-Geral da Educação e Ciência instaurou “centenas de auditorias” que deram origem a mais de 65 processos, tendo sido aplicadas “largas dezenas de sanções disciplinares”. O teor das alterações a realizar não foi revelado, mas deverá passar por um agravamento de multas. Garantindo que o setor está “muito melhor” do que em 2015, e com um orçamento superior em 1000 milhões de euros (+25%), o ministro anunciou que as escolas já receberam 450 mil computadores. Foi também já “lançado o concurso internacional, repartido em vários lotes, para aquisição de mais 600 mil computadores”. Brandão Rodrigues anunciou que serão abertas mais 1300 vagas (50 salas) no pré-escolar. A deputada Ana Rita Bessa (CDS) denunciou o caso de um docente com 68% de incapacidade discriminado nos concursos. A secretária de Estado da Educação, Isabel Ramires, admitiu haver “automatismos que não dão resposta” e frisou que o caso está “sinalizado”.
LANÇADO CONCURSO PARA AQUISIÇÃO DE MAIS 600 MIL COMPUTADORES