VIOLÊNCIA REGRESSA AO PAÍS QUE MANDELA UNIU
PROTESTOS Estalaram na sexta-feira depois de Zuma se entregar para cumprir 15 meses de cadeia por desrespeito ao tribunal e depressa se tornaram violentos
AÁfrica do Sul vive desde sexta-feira uma onda de revolta que o presidente Cyril Ramaphosa classificou como a mais grave desde antes do fim do apartheid, selado em 1991. Mais de 70 pessoas morreram e quase 1300 foram detidas durante tumultos iniciados após a detenção do ex-presidente Jacob Zuma.
Centenas de centros comerciais e outras lojas foram saqueadas, entre eles comércios de portugueses. A violência levou o presidente a colocar tropas nas ruas nas províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal, de onde Zuma é originário.
A detenção de Zuma foi o gatilho que disparou uma revolta que se avolumava há muito, contra a pobreza e a injustiça, agravadas pelas restrições da pandemia, pel a s q uai s Ramaphosa é responsabilizado.
Zuma, condenado a 15 meses de cadeia, é o primeiro ex-presidente da África do Sul democrática a ser detido. Mas essa vitória do sistema judicial fica manchada pela desordem em curso, reveladora das divisões e ódios que persistem no país que Mandela pacificou e uniu.
DESORDEM REVELA ÓDIOS E DIVISÕES PERSISTENTES NUM PAÍS DESIGUAL
CENTENAS DE CENTROS COMERCIAIS E OUTRAS LOJAS FORAM PILHADOS