Médico desmente pré-afogamento de dux
TESTEMUNHA Médico que assistiu João Gouveia no hospital após a morte dos colegas diz que o jovem “apenas se queixou de dor de cabeça”
Não tinha nada de especial, não tinha dificuldade respiratória ou tosse, nem evidenciava confusão mental. Apenas se queixou de dor de cabeça e dei-lhe um paracetamol.” O depoimento é do médico José de Melo Medeiros, que assistiu João Gouveia no Hospital Garcia de Orta, em Almada, depois da fatídica noite na praia do Meco, em dezembro de 2013. O clínico foi ontem ouvido durante o julgamento cível, no Tribunal de Setúbal.
O processo foi movido pelas famílias das seis vítimas contra o dux, João Gouveia, e a Universidade Lusófona. Em tribunal, o médico disse que não evidenciou “sinais de pré-afogamento” no sobrevivente, a quem deu alta hospitalar duas horas depois de ter entrado na unidade.
“Parece-nos claramente que João Gouveia nunca esteve naquele mar. A história que ele [dux] contou, com alguns pormenores, vai sendo desmistificada pelas várias testemunhas em tribunal, pois há coisas que não batem certo”, defendeu Vítor Parente Ribeiro, advogado das famílias.
Já Paula Brum, advogada de João Gouveia, considera que o depoimento do médico não contradiz a versão do dux :“Aliás, um depoimento clínico alvo de algumas críticas, pois o médico nem sabia que o dux tinha estado naquelas condições dentro do mar. Houve ali uma suposta negligência médica.”
PAIS DEFENDEM QUE SOBREVIVENTE NUNCA ESTEVE NO MAR