ATRASO DEIXA PORTUGAL NA CAUDA DA EUROPA, A PAR DA LITUÂNIA.
ANACOM Para acelerar processo, regulador alterou regras do leilão 5G, que já dura há seis meses, mas ainda sem efeito REDE O nosso país e a Lituânia são os únicos ainda sem esta tecnologia
Passaram-se seis meses e o leilão para atribuição de espectro para o 5G (quinta geração móvel) continua sem fim à vista. O atraso já levou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) a mudar as regras, mas sem sucesso. Portugal junta-se assim à Lituânia como os únicos países da Europa sem a nova tecnologia, de acordo com o último relatório do European 5G Observatory.
Os números mais recentes indicam que no fim do 1º trimestre existiam em todo o Mundo 298
DESDE 5 DE JULHO
QUE LEILÃO PODE TER 12 RONDAS EM VEZ DE SETE
milhões de ligações 5G, e que o ritmo é superior ao da adoção do 4G. O objetivo é triplicar os números até ao final do ano, chegando a 633 milhões. Em 2026 as previsões apontam para 4,6 mil milhões de ligações.
Desde 5 de julho que o leilão do 5G em Portugal, que arrancou a 14 de janeiro, passou a poder ter 12 rondas diárias na fase de licitação principal, em vez de sete.
Com esta medida, a Anacom pretendia “introduzir maior celeridade no processo” e admitiu que, “num cenário de maior prolongamento do leilão”, e apesar da contestação por parte da Altice, Nos e Vodafone, poderá “considerar outras opções, incluindo a inibição da utilização dos incrementos mínimos de 1% e de 3% que os licitantes podem indicar”.
Ontem, 127º dia do leilão, as propostas dos operadores somaram 333,1 milhões €. Se tivesse ficado concluído, o Estado teria arrecadado mais de 417,5 M € (valor que inclui a licitação dos novos entrantes: 84,3 M €), muito acima do montante indicativo de 237,9 milhões.