Correio da Manha

Antigo emigrante morre em choque com camião

CONTESTAÇíO Agentes da PSP e militares da GNR rejeitam valor proposto pelo Governo e voltam a manifestar-se “ESMOLA” Exigem um montante equivalent­e ao que é pago aos colegas do SEF e PJ

- INÊS BARRADAS FREIRE/ / JOÃO CARLOS RODRIGUES

Não somos polícias de segunda. Temos direito a receber pelo risco que vivemos.” Este foi um dos gritos de ordem nas duas manifestaç­ões que ontem juntaram centenas de polícias em Lisboa, primeiro à porta do Conselho de Ministros, depois junto ao Ministério da Administra­ção Interna. Depois de vários dias de protesto um pouco por todo o País , a luta dos elementos da PSP e GNR continua a subir de tom e a ameaça é que “só vai terminar quando o Governo ceder e atribuir um valor justo”.

Em causa está o valor proposto pelo Governo – “uma esmola”

PROTESTOS EM TODO O PAÍS VÃO REPETIR-SE “ATÉ GOVERNO CEDER”

entre os 80 e os 100 euros mensais – considerad­o “injusto quando comparado com os mais de 400 euros pagos pelo mesmo risco aos ‘colegas’ da Polícia Judiciária e do SEF”. “A PSP não pode aceitar valores inferiores a esses. A atribuição tem que ser feita de forma justa e digna", diz Paulo Macedo, dirigente do Sindicato dos Profission­ais da Polícia (SPP), sublinhand­o que o subsídio de risco "já devia estar atribuído há muitos anos". Além disso, recordam que, segundo as estatístic­as, a PSP e GNR “são as profissões em Portugal que mais mortes e agressões sofrem”.

A esta luta juntou-se pela primeira vez o Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, segundo o qual oito elementos das forças e serviços de segurança morreram, entre 2015 e 2020, 24 ficaram feridos com necessidad­e de internamen­to hospitalar e 3507 sofreram agressões, dos quais cerca de 90% destes incidentes afetaram os profission­ais da PSP e da GNR.

Na próxima quarta-feira está agendada uma nova reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Administra­ção Interna, Antero Luís, onde os sindicatos vão apresentar uma contraprop­osta – num valor acima dos 400 euros por mês. Até lá, os protestos vão continuar.

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Protesto em frente ao Ministério da Administra­ção Interna para contestar a proposta feita pelo Governo

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