Antigo emigrante morre em choque com camião
CONTESTAÇÃO Agentes da PSP e militares da GNR rejeitam valor proposto pelo Governo e voltam a manifestar-se “ESMOLA” Exigem um montante equivalente ao que é pago aos colegas do SEF e PJ
Não somos polícias de segunda. Temos direito a receber pelo risco que vivemos.” Este foi um dos gritos de ordem nas duas manifestações que ontem juntaram centenas de polícias em Lisboa, primeiro à porta do Conselho de Ministros, depois junto ao Ministério da Administração Interna. Depois de vários dias de protesto um pouco por todo o País , a luta dos elementos da PSP e GNR continua a subir de tom e a ameaça é que “só vai terminar quando o Governo ceder e atribuir um valor justo”.
Em causa está o valor proposto pelo Governo – “uma esmola”
PROTESTOS EM TODO O PAÍS VÃO REPETIR-SE “ATÉ GOVERNO CEDER”
entre os 80 e os 100 euros mensais – considerado “injusto quando comparado com os mais de 400 euros pagos pelo mesmo risco aos ‘colegas’ da Polícia Judiciária e do SEF”. “A PSP não pode aceitar valores inferiores a esses. A atribuição tem que ser feita de forma justa e digna", diz Paulo Macedo, dirigente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), sublinhando que o subsídio de risco "já devia estar atribuído há muitos anos". Além disso, recordam que, segundo as estatísticas, a PSP e GNR “são as profissões em Portugal que mais mortes e agressões sofrem”.
A esta luta juntou-se pela primeira vez o Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, segundo o qual oito elementos das forças e serviços de segurança morreram, entre 2015 e 2020, 24 ficaram feridos com necessidade de internamento hospitalar e 3507 sofreram agressões, dos quais cerca de 90% destes incidentes afetaram os profissionais da PSP e da GNR.
Na próxima quarta-feira está agendada uma nova reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, onde os sindicatos vão apresentar uma contraproposta – num valor acima dos 400 euros por mês. Até lá, os protestos vão continuar.